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A cerveja é um time de futebol



Foto de capa: Photo by Alexander Londoño on Unsplash

Um texto curtinho e super interessante escrito pela sommelière Bia Amorim e publicado no site Farofa Magazine para refletir sobre a cerveja artesanal!

A cerveja é muito mais do que só o líquido que a gente entorna. O conceito que a moda artesanal trouxe gera energia. Pessoas estão usando seus fôlegos para defender a visão que tem. A cerveja é um time de futebol. O FLA X FLU chama a atenção. Pessoas buscam suas pipocas e assistem homebrews, bebedores, entusiastas, profissionais e passantes discutirem em redes sociais.

Existe até bíblia nessa religião. O BJCP e o BA são os livros eternos da certeza do que é uma cerveja. Não compra malte especial importado? Pecador. Não faz dry hopping na sua IPA? Herege. E assim são as discussões que a cerveja gera. Debates eternos. E tudo isso é bom demais.

As mesas de bares virtuais mais famosas também existem. Untappd e Ratebeer são locais importantes, o mundo tá lá. Gente, é todo um universo online. Você o seu computador, bebendo a cerveja que quer e debatendo com alguém distante, que bebe o que quer. Não tem conta para dividir e 10% do garçom.


Novas cervejas no mercado, cerveja com adjunto, lançamento de cerveja feita por mulher, cerveja ácida, novatos no mercado. Uma foto que pode gerar assunto eterno em um dia de chuva na internet. Todas cervejas sensacionais e bem feitas. Ruradélica, Tupiniquim, Japas, Suricato, Croma. Foto: Bia Amorim

Novas cervejas no mercado, cerveja com adjunto, lançamento de cerveja feita por mulher, cerveja ácida, novatos no mercado. Uma foto que pode gerar assunto eterno em um dia de chuva na internet. Todas cervejas sensacionais e bem feitas. Ruradélica, Tupiniquim, Japas, Suricato, Croma. Foto: Bia Amorim

Não é só ter um bom sabor. Ser a mais amarga. Rótulo mais bonito. Chegar mais fresca. Não é só ter grana para comprar a breja mais cara. Não é só ter lido todos os livros. Não adianta ter feito todos os cursos. Viajou o mundo todo? É toda a discussão. É participar das mudanças de acordo com seu posicionamento. É colocar a boca no trombone e dizer o que acha que tá acontecendo. Catharina pode? Não pode? Pode fruta? Qualquer fruta? É regionalismo? É sustentável? É raiz? É nutella? É uma rede de relacionamentos, nichada até a última gota.

E quanto mais diferentes classes econômicas, culturas e tradições se encontrarem na internet, mais discussão existirão e mais a cerveja pode se tornar democrática. Um brinde as filosofias que ela gera. A evolução não para, porque é da natureza dela. As leveduras comemoram. “Briguem, briguem. Bebam.”

As cervejarias ainda podem melhorar essas discussões. Os sommeliers podem aproveitar para ganhar experiência nesses bate-papos, os pontos de venda devem observar o que o consumidor quer. As escolas notam o quanto ainda falta ensinar para que não se fale besteira e passe vergonha na internet.

Chuta pra gol.


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